United Kingdom - LONDON
Bianca Didone
Aquilo sim era o que eu chamava de surpresa! Aquelas duas na minha porta com praticamente toda a casa em suas malas era a última coisa que eu esperava encontrar na minha volta para Londres. A primeiro momento me perguntei o porque de elas não terem ligado avisando que viriam, mas depois me lembrei que se trata de tia Cecília e minha mãe. E isso não combina nem um pouco com elas. Mas apesar da surpresa, a visita delas duas não poderia ser mais conveniente.
Nos últimos dias eu tenho me sentido como uma adolescente. Os nervos à flor da pele e a cabeça tomada pela confusão de vários pensamentos ao mesmo tempo. Eu só precisava do aconchego dos braços da minha mãe, de seus conselhos e de seus produtos orgânicos super relaxantes que ela costumava fazer. Ela era o que mais precisava, afinal toda mãe é fonte de segurança para suas crias e a minha, apesar de ser um pouco diferente da maioria, me causava a mesma coisa.
Eu não pensei duas vezes antes de pular nos braços da minha mãe, sentindo aquele cheirinho bom que só ela tinha e seus braços me apertando contra seu corpo. Naquele momento eu senti vontade de chorar, mas eu segurei pois sabia que se eu deixasse uma única lágrima cair aquela casa iria virar um lago. De olhos fechados, ouvi sua voz sorridente em meu ouvido me fazendo sorrir de imediato.
Denise: Eu senti muito a sua falta, raio de sol! - disse me apertando um pouco mais em seus braços, me largando depois e encarando meus olhos. - Você está mais linda do que antes, meu amor.
Eu: A senhora é que está! - falei sorrindo - Que bom que está aqui, mãe!
— E eu, não recebo abraço, não? - tia Cecília perguntou risonha, o que me fez caminhar até ela e lhe abraçar fortemente, esmagando toda a saudade entre nós duas. Não imaginei que essas duas fossem fazer tanta falta!
E só então eu percebi que os meninos continuavam ali, nos encarando. Mas no mesmo instante em que as duas visitantes colocaram os olhos neles com certa curiosidade, eles se levantaram e ajeitaram suas roupas até então amassadas, assim como suas expressões sonolentas.
Cecília: E quem são esse rapazes, meninas? - perguntou com um sorriso no canto dos lábios. Ela adorava conhecer gente nova.
Liam: Nos desculpe pela falta de educação. - disse cordialmente - Sou Liam Payne, amigo de Bianca e Leticia, muito prazer. - estendeu sua mão e tia Cecília rapidamente a apertou, balançando a cabeça positivamente.
Leticia: Bom, esse loiro aqui é nosso duende, Niall Horan.
Niall: É um prazer finalmente conhecê-las. - disse sorrindo, avermelhado.
Louis: Sou Louis Tomlinson e esse aqui do meu lado é Zayn Malik. - disse e o moreno acenou com um sorriso discreto, tímido.
Denise: Você é Justin Bieber, certo? - perguntou e ele assentiu, sorrindo.
Justin: É um prazer, senhoras.
Cecília: Ah não, vamos lá! - protestou - Pode nos chamar de Cecília - apontou para si mesma e depois para minha mãe - e Denise. Você é bem mais simpático pessoalmente, rapaz. - disse sorrindo, vendo-o fazer o mesmo.
Eu: Isso é porque vocês não convivem com ele! - falei vendo todos rir, enquanto ele cerrava os olhos em minha direção.
Denise: E quem é esse rapaz encantador? - perguntou encarando Harry, que sorriu gentilmente.
Harry: Sou Harry Styles, namorado de sua filha, muito prazer.
Naquele momento, o olhar sugestivo de minha mãe me fez quase começar a gargalhar. Digamos que ela sabia que eu estava namorando, mas eu nunca havia lhe dito seu nome e muito menos que ele faz parte de uma boyband mundialmente famosa. Ela o encarou seriamente depois de lhe lançar um sorriso. Eu sabia o que ela estava fazendo.
Depois de todas as apresentações, nos espalhamos pela sala de estar, onde paramos para ouvir as histórias que as duas tinham pra contar. Histórias das várias viagens que elas haviam feito quando eram mais jovens para vários lugares diferentes, de seus tempos escolares, de suas experiências e coisas que eu já sabia de cor e salteado, mas que gostava de ouvir sempre.
Mas a história que mais chamou a atenção de todos com certeza foi a de um acampamento hippie que elas foram quando tinham vinte e tantos anos. Se me lembro bem, lá elas aprenderam a ver a aura das pessoas, identificando então como a pessoa provavelmente era. E foi isso que peguei minha mãe fazendo assim que bateu seus olhos em Harry.
Justin: Vocês realmente conseguem ver a aura das pessoas? - perguntou encantado, encarando as duas sentadas no meio da sala, com as pernas cruzadas e uma saia estampada lhe cobrindo as pernas.
Cecília: Sim, mas Denise consegue ver as cores com mais facilidade.
Denise: Cecília não gosta muito desse tipo de coisa, mas eu acho interessante você saber de uma forma diferente o tipo de pessoa com quem você se relaciona. - disse e todos concordaram. - Eu posso tentar ver a aura de alguns de vocês, pode ser? - todos concordaram rapidamente, falando ao mesmo tempo, fazendo-a rir. - Bom, eu consigo ver bem a aura do Liam. Tem tons claros de verde e uma pessoa que tem a aura verde ou que tenha essa cor como a predominante, tende a ser uma pessoa sensível e de grande compaixão. É sincera, honesta e tem a capacidade de curar. Curar com palavras, gestos...
Niall: E a minha aura, você consegue ver? Que cor tem? - perguntou bastante animado, arrancando risadas.
Denise: A cor da sua aura combina com as suas bochechas. - disse fazendo-o ficar com as bochechas ainda mais coradas. - Tons rosados indicam compaixão e pureza. Sociabilidade, alegria e modéstia. E também a necessidade de sentir que todos ao seu redor estejam bem.
Leticia: Essas palavras definem bem o Horan que eu conheço! - disse vendo-o sorrir sem graça, fazendo todos na sala soltarem um "own".
Louis: Olha só essas bochechas, gente! Olha que rapazinho mais fofo. - disse me fazendo rir. Minha mãe o encarou com um sorriso no rosto.
Enquanto todos conversavam, eu não pude deixar de observar como o Harry estava a vontade ali. Ele estava bastante concentrado na conversa e toda vez que um sorriso aparecia em seu rosto meu coração disparava mais rápido, acelerando minha respiração um pouco mais. Era óbvio o quanto ele mexia comigo, mas claro, eu tinha que estragar tudo bom minha frieza.
Aquele pensamento me fez suspirar mais uma vez, mas agora reprimindo a vontade que eu estava de me trancar no quarto e chorar como eu faria se tivesse 15 anos de idade. O problema é que eu não tinha 15 anos e eu tinha que agir como uma mulher de verdade, o que eu achava estar um pouco longe de ser. Quer dizer, eu tenho responsabilidades de uma mulher, mas coração continua fraco como na adolescência. E eu odiava isso.
Quando dei por mim, já estava na cozinha, lavando a louça suja e tirando os restos de bolo e suco que havia sido deixado em cima da pia, antes que todos os meninos fossem embora para suas respectivas casas descansar. Leticia havia subido para o seu quarto, enquanto as outras duas estavam na varanda da sala de estar, observando as estrelas e a lua como costumavam fazer.
Enquanto eu cantava uma música qualquer, enxaguando um dos pratos, tia Cecília me deu um beijo de boa noite e subiu para o quarto de Leca, onde ela dormiria durante os poucos dias que passaria conosco. Já minha mãe estava na cozinha, me esperando terminar de lavar a louça, enquanto conversávamos. Mas do nada, ela mudou de assunto.
Denise: Você realmente namora com o Harry? - perguntou e eu a encarei, procurando o motivo pelo qual estávamos naquele assunto agora.
Eu: Sim, porque? - perguntei sem tirar os olhos dos pratos.
Denise: Porque vocês não se despediram direito quando ele foi embora e mal se olharam quando estávamos na sala. - disse e eu suspirei.
Eu: Não estamos muito bem desde ontem a noite. - falei sem receber uma resposta imediata. Eu não queria falar sobre aquilo.
Denise: Qual o problema, meu amor? - indagou se aproximando.
Eu: O problema sou eu, é claro. - falei num tom irônico.
Denise: Como assim? Você não gosta dele?
Eu: Eu o amo, mãe. - falei ficando de frente pra ela - Eu o amo demais, mas eu simplesmente não consigo expressar isso, eu não consigo fazer com que ele saiba disso e isso está matando á nós dois!
Eu já estava a beira do choro neste momento e ao perceber isso, minha mãe me abraçou rapidamente, acariciando minha cabeça, enquanto eu deixava com que todas as lágrimas que eu guardei fossem libertas. Era algo que realmente estava me matando por dentro e o que me fazia ficar pior era saber que isso estava magoando o Harry.
Denise: Posso te contar uma coisa? - questionou sem quebrar o abraço. Cessando um pouco o choro, eu assenti. - Eu não precisei ler aura, ler gestos ou qualquer outra coisa pra perceber o quanto ele ama você. Isso estava escrito nos olhos dele. Eu sei que ele quer resolver isso tanto quanto você quer. Só deixe que as coisas fluam naturalmente, dê um tempo para vocês dois e eu tenho certeza que tudo vai se resolver.
E naquele momento eu tinha me lembrado do porque eu amava tanto a minha mãe. Eu a amava pelo simples fato de ela ser a minha mãe.
Nos últimos dias eu tenho me sentido como uma adolescente. Os nervos à flor da pele e a cabeça tomada pela confusão de vários pensamentos ao mesmo tempo. Eu só precisava do aconchego dos braços da minha mãe, de seus conselhos e de seus produtos orgânicos super relaxantes que ela costumava fazer. Ela era o que mais precisava, afinal toda mãe é fonte de segurança para suas crias e a minha, apesar de ser um pouco diferente da maioria, me causava a mesma coisa.
Eu não pensei duas vezes antes de pular nos braços da minha mãe, sentindo aquele cheirinho bom que só ela tinha e seus braços me apertando contra seu corpo. Naquele momento eu senti vontade de chorar, mas eu segurei pois sabia que se eu deixasse uma única lágrima cair aquela casa iria virar um lago. De olhos fechados, ouvi sua voz sorridente em meu ouvido me fazendo sorrir de imediato.
Denise: Eu senti muito a sua falta, raio de sol! - disse me apertando um pouco mais em seus braços, me largando depois e encarando meus olhos. - Você está mais linda do que antes, meu amor.
Eu: A senhora é que está! - falei sorrindo - Que bom que está aqui, mãe!
— E eu, não recebo abraço, não? - tia Cecília perguntou risonha, o que me fez caminhar até ela e lhe abraçar fortemente, esmagando toda a saudade entre nós duas. Não imaginei que essas duas fossem fazer tanta falta!
E só então eu percebi que os meninos continuavam ali, nos encarando. Mas no mesmo instante em que as duas visitantes colocaram os olhos neles com certa curiosidade, eles se levantaram e ajeitaram suas roupas até então amassadas, assim como suas expressões sonolentas.
Cecília: E quem são esse rapazes, meninas? - perguntou com um sorriso no canto dos lábios. Ela adorava conhecer gente nova.
Liam: Nos desculpe pela falta de educação. - disse cordialmente - Sou Liam Payne, amigo de Bianca e Leticia, muito prazer. - estendeu sua mão e tia Cecília rapidamente a apertou, balançando a cabeça positivamente.
Leticia: Bom, esse loiro aqui é nosso duende, Niall Horan.
Niall: É um prazer finalmente conhecê-las. - disse sorrindo, avermelhado.
Louis: Sou Louis Tomlinson e esse aqui do meu lado é Zayn Malik. - disse e o moreno acenou com um sorriso discreto, tímido.
Denise: Você é Justin Bieber, certo? - perguntou e ele assentiu, sorrindo.
Justin: É um prazer, senhoras.
Cecília: Ah não, vamos lá! - protestou - Pode nos chamar de Cecília - apontou para si mesma e depois para minha mãe - e Denise. Você é bem mais simpático pessoalmente, rapaz. - disse sorrindo, vendo-o fazer o mesmo.
Eu: Isso é porque vocês não convivem com ele! - falei vendo todos rir, enquanto ele cerrava os olhos em minha direção.
Denise: E quem é esse rapaz encantador? - perguntou encarando Harry, que sorriu gentilmente.
Harry: Sou Harry Styles, namorado de sua filha, muito prazer.
Naquele momento, o olhar sugestivo de minha mãe me fez quase começar a gargalhar. Digamos que ela sabia que eu estava namorando, mas eu nunca havia lhe dito seu nome e muito menos que ele faz parte de uma boyband mundialmente famosa. Ela o encarou seriamente depois de lhe lançar um sorriso. Eu sabia o que ela estava fazendo.
Depois de todas as apresentações, nos espalhamos pela sala de estar, onde paramos para ouvir as histórias que as duas tinham pra contar. Histórias das várias viagens que elas haviam feito quando eram mais jovens para vários lugares diferentes, de seus tempos escolares, de suas experiências e coisas que eu já sabia de cor e salteado, mas que gostava de ouvir sempre.
Mas a história que mais chamou a atenção de todos com certeza foi a de um acampamento hippie que elas foram quando tinham vinte e tantos anos. Se me lembro bem, lá elas aprenderam a ver a aura das pessoas, identificando então como a pessoa provavelmente era. E foi isso que peguei minha mãe fazendo assim que bateu seus olhos em Harry.
Justin: Vocês realmente conseguem ver a aura das pessoas? - perguntou encantado, encarando as duas sentadas no meio da sala, com as pernas cruzadas e uma saia estampada lhe cobrindo as pernas.
Cecília: Sim, mas Denise consegue ver as cores com mais facilidade.
Denise: Cecília não gosta muito desse tipo de coisa, mas eu acho interessante você saber de uma forma diferente o tipo de pessoa com quem você se relaciona. - disse e todos concordaram. - Eu posso tentar ver a aura de alguns de vocês, pode ser? - todos concordaram rapidamente, falando ao mesmo tempo, fazendo-a rir. - Bom, eu consigo ver bem a aura do Liam. Tem tons claros de verde e uma pessoa que tem a aura verde ou que tenha essa cor como a predominante, tende a ser uma pessoa sensível e de grande compaixão. É sincera, honesta e tem a capacidade de curar. Curar com palavras, gestos...
Niall: E a minha aura, você consegue ver? Que cor tem? - perguntou bastante animado, arrancando risadas.
Denise: A cor da sua aura combina com as suas bochechas. - disse fazendo-o ficar com as bochechas ainda mais coradas. - Tons rosados indicam compaixão e pureza. Sociabilidade, alegria e modéstia. E também a necessidade de sentir que todos ao seu redor estejam bem.
Leticia: Essas palavras definem bem o Horan que eu conheço! - disse vendo-o sorrir sem graça, fazendo todos na sala soltarem um "own".
Louis: Olha só essas bochechas, gente! Olha que rapazinho mais fofo. - disse me fazendo rir. Minha mãe o encarou com um sorriso no rosto.
Enquanto todos conversavam, eu não pude deixar de observar como o Harry estava a vontade ali. Ele estava bastante concentrado na conversa e toda vez que um sorriso aparecia em seu rosto meu coração disparava mais rápido, acelerando minha respiração um pouco mais. Era óbvio o quanto ele mexia comigo, mas claro, eu tinha que estragar tudo bom minha frieza.
Aquele pensamento me fez suspirar mais uma vez, mas agora reprimindo a vontade que eu estava de me trancar no quarto e chorar como eu faria se tivesse 15 anos de idade. O problema é que eu não tinha 15 anos e eu tinha que agir como uma mulher de verdade, o que eu achava estar um pouco longe de ser. Quer dizer, eu tenho responsabilidades de uma mulher, mas coração continua fraco como na adolescência. E eu odiava isso.
Quando dei por mim, já estava na cozinha, lavando a louça suja e tirando os restos de bolo e suco que havia sido deixado em cima da pia, antes que todos os meninos fossem embora para suas respectivas casas descansar. Leticia havia subido para o seu quarto, enquanto as outras duas estavam na varanda da sala de estar, observando as estrelas e a lua como costumavam fazer.
Enquanto eu cantava uma música qualquer, enxaguando um dos pratos, tia Cecília me deu um beijo de boa noite e subiu para o quarto de Leca, onde ela dormiria durante os poucos dias que passaria conosco. Já minha mãe estava na cozinha, me esperando terminar de lavar a louça, enquanto conversávamos. Mas do nada, ela mudou de assunto.
Denise: Você realmente namora com o Harry? - perguntou e eu a encarei, procurando o motivo pelo qual estávamos naquele assunto agora.
Eu: Sim, porque? - perguntei sem tirar os olhos dos pratos.
Denise: Porque vocês não se despediram direito quando ele foi embora e mal se olharam quando estávamos na sala. - disse e eu suspirei.
Eu: Não estamos muito bem desde ontem a noite. - falei sem receber uma resposta imediata. Eu não queria falar sobre aquilo.
Denise: Qual o problema, meu amor? - indagou se aproximando.
Eu: O problema sou eu, é claro. - falei num tom irônico.
Denise: Como assim? Você não gosta dele?
Eu: Eu o amo, mãe. - falei ficando de frente pra ela - Eu o amo demais, mas eu simplesmente não consigo expressar isso, eu não consigo fazer com que ele saiba disso e isso está matando á nós dois!
Eu já estava a beira do choro neste momento e ao perceber isso, minha mãe me abraçou rapidamente, acariciando minha cabeça, enquanto eu deixava com que todas as lágrimas que eu guardei fossem libertas. Era algo que realmente estava me matando por dentro e o que me fazia ficar pior era saber que isso estava magoando o Harry.
Denise: Posso te contar uma coisa? - questionou sem quebrar o abraço. Cessando um pouco o choro, eu assenti. - Eu não precisei ler aura, ler gestos ou qualquer outra coisa pra perceber o quanto ele ama você. Isso estava escrito nos olhos dele. Eu sei que ele quer resolver isso tanto quanto você quer. Só deixe que as coisas fluam naturalmente, dê um tempo para vocês dois e eu tenho certeza que tudo vai se resolver.
E naquele momento eu tinha me lembrado do porque eu amava tanto a minha mãe. Eu a amava pelo simples fato de ela ser a minha mãe.
DIA SEGUINTE...
O barulho do meu celular tocando fez com que eu me levantasse cedo, o que obviamente não estava nos meus planos. Contra a minha vontade, me levantei da cama, percebendo que o lado em que minha mãe havia deitado na noite passada estava vazio. É claro, o sol já havia nascido e sendo como minha mãe é, ela levantou cedo para vê-lo nascer.
Caminhei contra a minha vontade até o banheiro (onde o deixei meu celular por algum motivo) e atendi a chamada, marcada como número desconhecido. Enquanto eu torcia para não ser um trote qualquer, ouvi a voz de um homem do outro lado da linha e apenas uma palavra foi suficiente para que eu soubesse quem era o dono daquela voz: Scooter Braun. Pigarreei para melhorar a voz matinal de travesti.
Scooter: Hey Bê, tudo bem? - questionou. Me olhei no espelho a procura da resposta para aquela pergunta. Eu definitivamente não estava bem. Sono.
Eu: Está tudo ótimo! - respondi. - Aconteceu alguma coisa?
Scooter: Não, está tudo bem, não se preocupe. Eu só preciso conversar com você aqui no estúdio, tem como você dar um pulinho aqui?
Depois daquela pergunta eu juntei minhas sobrancelhas, logo me lembrando de algo que eu havia prometido a Justin assim que chegamos na California. E eu tinha me esquecido completamente disso. No mesmo instante meu coração disparou e várias borboletas começaram a voar no meu estômago. Bati a mão na testa, fechando os olhos e suspirando de agonia.
Eu: Sim, tudo bem. - falei - A que horas mais ou menos tenho que estar aí?
Scooter: Eu vou ficar aqui o dia todo, então venha assim que puder, só me avise antes. E me desculpe por ter te acordado. - parece que pigarrear não foi o suficiente para disfarçar a minha voz horrorosa.
Eu: Tudo bem, fique tranquilo. Eu já ia mesmo levantar. - essa era a maior mentira que eu já havia contado a alguém.
Scooter: Okay, então. Te vejo mais tarde!
Eu: Até! - desliguei.
Voltei para meu quarto, me jogando na cama logo depois. Só de pensar em cantar para milhares de garotas enlouquecidas me deixava enlouquecida. Eu tinha um pouco de medo, pois cantar para uma câmera ou para algumas pessoas na praia é completamente diferente de cantar para um estádio lotado. Ao mesmo tempo que eu tinha vontade de desistir, eu sentia excitação só de pensar na sensação que é ver aqueles olhos sobre você, te ouvindo cantar.
Sem nem pensar em mexer no meu cabelo ou em meu pijama, desci as escadas de casa sentindo um cheiro de café. Não que eu gostasse de café, mas se isso significava que minha mãe tinha preparado meu café da manhã eu poderia começar a gostar. Assim que pisei na cozinha, vi minha mãe e tia Cecília sentadas a mesa conversando.
Cecília: O café daqui não é o mesmo do Brasil. - ela disse, enquanto eu me sentava de frente pra elas.
Eu: Acho que o daqui é mais doce. - falei e minha mãe encarou sua xícara.
Denise: O do Brasil é mais natural. - fez careta me fazendo rir, deixando sua xícara em cima da mesa.
Eu: Leca foi pra academia? - perguntei, enquanto bebia um copo de suco.
Cecília: Ela disse que tinha um ensaio para um show essa semana. - falou e eu assenti, me lembrando da conversa de minutos atrás. - Eu queria ir nesse show.
Eu: Vocês vão. - falei, fazendo-as me encarar - Digamos que eu vou abrir o show e quero que vocês estejam lá.
Denise: Ai meu Deus! - disse com a boca cheia de biscoito - Você largou moda?
Eu: Não, não larguei moda mãe, calma! - falei rindo - Justin insistiu muito para que eu abrisse o show dele e eu acabei aceitando. Mas não vou assinar um contrato, nem nada disso.
Cecília: Porque não investe nisso, chuchu? Você tem uma voz linda e olha só, vai abrir o show do Justin Bieber! - falou animada.
Eu: Vocês mais do que ninguém sabem que isso não serve pra mim. - falei suspirando. - Só estou ajudando um amigo.
Denise: Eu descordo de você, sabes disso.
Eu não respondi, afinal não estava com vontade de voltar a falar daquele assunto. Da última vez acabei aceitando abrir o show para um cara famoso, então prefiro evitar. Depois de ajudá-las a arrumar as coisas em casa e brincar um pouco com Obelix, resolvi subir e procurar algo pra vestir e ir encontrar com Scooter no estúdio.
Não demorei muito enfiada no guarda-roupa, afinal não era nada tão formal. Depois de me vestir e ir no quarto de Letícia sequestrar o batom vermelho dela, eu coloquei algumas coisas necessárias na bolsa e desci as escadas, sentindo os olhos das veteranas sobre mim.
Denise: Ué, já vai sair? - perguntou enquanto eu pegava a chave do meu carro que Lise salvou da oficina enquanto eu estava na California. Anjo.
Eu: Sim, preciso resolver algumas coisas, mas não demoro, prometo. - falei acenando para elas enquanto abria a porta - Amo vocês!
Não esperei resposta. Assim que fechei a porta do apartamento, chamei o elevador e vi dona Marie entrar comigo, com uma bolsa pendurada em seu ombro. Ela me encarou de cima a baixo e quando percebeu que eu estava vendo, ela sorriu de um jeito forçado. Revirei os olhos.
Tirei meu celular da bolsa e procurei pelo número de Scooter, salvando-o na agenda e logo depois digitando uma rápida mensagem, sentindo meus dedos tremerem de nervoso apenas em querer saber o que aconteceria dentro daquele estúdio. Assim que enviou, suspirei tentando normalizar minha respiração, que estava acelerada desde que saí de casa. Eu não sabia o que esperar daquela visita, mas eu espero que meus pensamentos positivos me ajudem.
"Olá, Scooter! Apenas avisando que acabei de sair de casa e estou indo em direção ao endereço que me enviou. Nos vemos já. Bianca xoxo"
Voltei com novidades, como podem ver nesse capítulo. Além das mamães hippies, as coisas vão começar a mudar em relação aos relacionamentos e as amizades dessa budega. O que posso falar é que vocês terão de esperar para ver o que irá acontecer. Dica: Começa do próximo capítulo. ADEUS ANO VELHO, FELIZ ANO NOVO! MUITO DINHEIRO NO BOLSO, SAÚDE PRA DAR E VENDER! OHOOO! Desculpe, não pude me conter. Esse é o último dia do ano de 2014 (choros) e isso é um pouco assustador pra mim e talvez pra vocês também. Passou voando, né? Mas apesar disso, se formos ver bem, muita coisa boa aconteceu e dentre essas coisas: ONE DIRECTION NO BRASIL! Que emoção! E aqui, agora, vou fazer algo bem piegas: desejo que esse ano de 2015 seja maravilhoso pra nós, muito amor, paz, saúde, dinheiro, beijos, abraços, risos e sorrisos, sensações boas, comida boa e tudo de bom que há neste mundo (incluindo One Direction)! Feliz ano novo meus amores, fiquem com Deus e COMAM MUITO! Uau, estou empolgada!
xoxo
Hwhhahahaha aai que fofa, socorro hahaha
ResponderExcluirAmei amei amei amei o capítulo ♡♡♡♡♡♡♡ super lindinho.
Bianca no estúdio vai ser épico hahaha
Fico feliz em saber que gostou do capítulo amor, de verdade! Fofa ♥ xoxo
ExcluirSobre a mãe dah Bê ♥♥♥♥♥
ResponderExcluirÉ uma fofa, não é? hahahaha ♥ xoxo
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