26/07/2014

O Juramento - Capítulo Vinte

Ele estava cortando todo o tipo de contato comigo. "



Alguns dias depois.
Segunda-feira.



A semana foi difícil. Muito difícil. Acabei fazendo o resumo para a escola sozinha. Harry evitava o máximo falar ou até olhar para mim. Mas continuou em casa. Como se fosse um recado para sempre lembrar dele, e de tudo o que me fez. Tive de aturar Tracy fazendo visitas em casa. Ela simplesmente aparecia. Como se fosse a casa dela. A maioria das vezes vinha a noite. Para eu não conseguir dormir com suas risadas, conversas e outros barulhos. A notícia que os dois estavam juntos já se espalhara pela escola. Era sério. Topei várias vezes com ela saindo do banho enrolada na toalha e indo para o quarto dele. Uma noite, estava na janela do quarto. Chorando. Sentindo a brisa e esperando que ela secasse minhas lágrimas. Ouvi barulho de motor de carro. Olhei para baixo e vi o carro de Harry parando em frente a casa. Ao seu lado, Tracy. Ela se inclinou para ele, e não consegui mais ver. Mas provavelmente o beijou. Na escola, Matthew estava distante e não tentou se aproximar de mim. Parecia bravo com tudo. Se meteu em algumas brigas. Não tentou mais nada. Ainda bem. A ferida que Harry deixou ainda doía. Mas já está se curando. Nunca fui de ficar chorando por garotos, e não vou começar agora. Muita confiança, gera decepção. E eu confiava nele. Chelsea e eu até saímos algumas vezes na semana, para mim esquecer tudo. E foi realmente bom. Ela me faz bem.

Assim que as aulas terminaram. Voltei para casa. Não trago mais Chelsea comigo, pois Jake faz questão de levá-la e trazê-la. Não sem passar na casa dele antes. Cheguei em casa e Tracy e Harry estavam quase se agarrando no sofá. Cheguei bem na hora. Eles pararam abruptamente. Ela estava com dois botões da blusa desabotoados e Harry com a camisa amassada. Fingi que não vi nada e subi para meu quarto. Abri a porta e alguém me puxou pelo passante da calça. Voltei rápido demais, e tive de me apoiar na barriga de Harry para não cair. Sua expressão não era mais debochada, fria ou brava como ele usara quando precisava dizer algo. Percebi que ele ainda estava com a mão na minha cintura e fui a primeira a me afastar. Não vou me machucar de novo.
- Cadê Tracy ? - Perguntei.
-  Já foi. E eu preciso te falar uma coisa. - Uma pontinha de esperança cresceu dentro de mim. Tentei esmagá-la para não me iludir. Esperando que ele fosse pedir desculpas e dizer  que tudo foi um erro.
- Pode falar. - Disse com a voz baixa.
- Não deve confiar em Matthew. Ele é perigoso.
- Obrigada por nada. Eu já sei disso. 
Me virei para ir entrar no quarto mas ele segurou meu braço, me levando para perto dele. 
- Eu me preocupo com você. Não quero que nada te aconteça. 
- Bem, já aconteceu. Você me machucou. - E sorri ironicamente. Me surpreendi por dizer isso alto. Vi culpa nos olhos dele. 
Ele segurou meu braço com mais delicadeza e levou uma mão para o meu queixo, acariciando-o.
- Já disse que seu sorriso é lindo ? 
- Você costumava ser o motivo dele. - Estava despejando tudo. 
Mesmo estando com Tracy, ele ainda me provocava.

Ás duas horas, estava deitada na cama. Sem nada para fazer. Só lembrando que Harry dissera que Matthew era perigoso, e o quanto ele andava esquisito ultimamente. O quem te errado com ele ? 
Meu celular estava ao lado da parede e me virei para alcança-lo. Senti uma brisa gelada nas costas e me virei. Harry estava deitado na cama. Com os braços cruzados atrás da nuca. Pensei que ele tinha saído.
- O que você quer ? - Perguntei me sentando.
- Só estou com tédio. - E deu de ombros. Era só o que me faltava.
- O que você tem vontade de fazer ? - Perguntei. Se pudesse ajudá-lo a se ocupar, me livraria dele.
Ele se sentou de frente para mim. Colocou uma mão no meu queixo, a outra na minha coxa nua, causando-me um arrepio. Me prensando contra a parede.
Foi se aproximando e disse:
- Beijar você. 
Seus lábios estavam muito próximos. Nossa respirações já se misturavam. E eu estava deixando. Mesmo depois de tudo ainda me sentia atraída por ele. E não conseguia resistir.
Por sorte, ouvi a porta da frente sendo fechada. Chelsea !
Empurrei Harry para trás e saí do quarto. E gritei para Chelsea poder me ouvir:
- Chelsea ! Preciso ir a um lugar com você. É urgente. 
Parei na escada para olhá-la.
- Que lugar ? - Ela perguntou.
- Só precisa ir comigo até lá.
- Ok.

Depois de trinta minutos, Chelsea parou o carro na entrada da casa de Matthew. Um dia na aula, ele me dera o endereço caso quisesse fazer uma " visitinha " , mas teria de avisá-lo antes. Mas não avisei. Que não esteja em casa, que não esteja em casa, pensava. Chelsea me perguntara de quem era a casa o caminho inteiro. Expliquei que estava indo visitar um amigo, e que depois que me deixasse lá poderia voltar, e que quando voltasse levaria torta de morando, a sua preferida. Se for me meter em encrenca, não vou envolver Chelsea. Ainda mais quando envolve um vampiro desequilibrado. Só precisava dela para me levar até lá, se fosse sozinha poderia desistir e voltar no meio do caminho. Queria vasculhar a casa dele para ver se descobrira algo.
Assim que Chelsea foi embora, dei a volta na casa. Verifiquei se ninguém estava passando e consegui abrir a janela dos fundos. Hesitei, mas acabei entrando.


2 comentários:

  1. Anônimo16:19

    Prft, continua pladds, não demora que meu coração não aguenta

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  2. ta MT pfto,pelo amor de deus continua rapido,eu morro aq toda vez q vc demora,bjs

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