Chasing Dreams - Segunda Temporada - Capítulo Oito

United Kingdom - California

Bianca Didone

Eu não sabia muito bem o que fazer naquele momento. Era bastante constrangedor e frustrante. Por um lado, eu estava curiosa para saber qual era o intuito de Wesley em me ligar agora, mas por outro, eu não queria estragar o clima agradável que havia se instalado entre Harry e eu, ainda mais agora. Encarei o celular e vi as duas opções piscando, enquanto minha cabeça girava, tentando se decidir entre os dois. Sem pensar muito, apertei "rejeitar ligação", me sentindo mais aliviada. Mas a coisa não poderia ficar pior.

"Estou aqui na frente." 

Foi o que recebi dele segundos depois. Encarei Harry que parecia não perceber a minha confusão, recebendo dele um pequeno sorriso. Eu sorri de volta, um tanto nervosa, enquanto colocava o celular no bolso do short que eu usava, sem nem pensar em responder a mensagem de Wesley. Mas eu tinha um plano. Ir lá fora, ver o que diabos ele queria falar comigo e depois chutar ele daqui, antes que acabe piorando as coisas.

Harry: Você está estranha. - disse se levantando e tirando a grama que havia grudado em sua calça jeans. - Está tudo bem?
Eu: Sim, tudo ótimo. - falei me aproximando um pouco dele, selando nossos lábios num selinho carinhoso, sorrindo depois.
Harry: Quem era no telefone? - perguntou me encarando. Pigarreei.
Eu: Ninguém importante. - falei me afastando - Estou com fome, você está?
Harry: Sim, muita. - respondeu - Mas antes de comer eu vou subir e tomar um banho. Estou bastante cansado, então vou acabar deixando de tomar banho se eu comer agora. - disse rindo fazendo-me gargalhar.
Eu: Que nojo, Harry! - exclamei rindo - Por que ainda estou com você?
Harry: Porque eu sou demais. - disse fazendo uma cara de deboche, que me fez rir.
Eu: Menos Styles, bem menos. - depois de mais algumas risadas e um beijo, Harry subiu e ali eu vi minha chance de saber o que Wesley queria.

Assim que abri a porta da frente da casa, me deparei com Wesley sentado na calçada de casa, olhando para as últimos raios de sol do dia. Assim que ouviu a porta se abrir e me viu encarando-o, levantou-se e caminhou em minha direção, enquanto eu caminhava na sua. Ele parecia preocupado de alguma forma, o que acabou fazendo com que eu me preocupasse.

Eu: Bom, acho que podemos conversar agora. - resolvi começar a falar, pois o silêncio que havia se instalado entre nós estava começando a ficar incômodo.
Wesley: Eu só vim pedir desculpas pra você... Pelo o outro dia, que eu falei um monte de coisas que eu não devia e acabei assustando você. - disse rindo um pouco, quebrando o clima tenso que por algum motivo estava ali. - Eu estava meio louco naquele momento e por algum motivo eu acabei pensando que você seria uma boa opção pra mim. Desculpe.
Eu: Tudo bem Wesley. - respondi - Relaxa, eu sei que você não disse aquilo de verdade, foi apenas um momento estranho. Não só pra você, pra mim também. - ele assentiu, aparentemente aliviado.
Wesley: Bom, eu também vim pra convidar você e o pessoal - disse apontando pra casa - pra um festival de música mais tarde, aqui na praia. - disse - Eu vou tocar com a minha banda, junto com alguns outros artistas locais. 
Eu: Obrigada pelo convite, Wesley. - agradeci sorrindo - Vai ser ótimo ver sua banda tocar, já que eu vou embora amanhã.
Wesley: Você já vai embora amanhã? - perguntou com os olhos um tanto arregalados.
Eu: Infelizmente. Back to work. - ele riu.
Wesley: Bom, eu vou indo. - disse - Nos vemos a noite, então?
Eu: Claro, nos vemos a noite. - falei sorrindo, vendo-o fazer o mesmo.

Ele acenou antes de dar as costas, caminhando devagar até a calçada. Eu estava, digamos... Aliviada. As coisas novamente estavam se acertando e eu agradeço por isso. Sinceramente, eu não tenho mais cabeça pra confusão. Suspirei e abri a porta da frente, me deparando com a sala vazia, o que era bem estranho.

Antes que eu pudesse pensar em fazer qualquer coisa, vi Leticia descer as escadas rapidamente, o que chamou minha atenção, já que vinte minutos atrás ela disse que queria descansar. E o pior nem é isso. Ela estava arrumada. Usava um short estilo destroyed e uma camiseta branca simples, com um all star vermelho nos pés. Ao ver que eu a encarava, ela juntou as sobrancelhas.

Leticia: O que foi?
Eu: Não era você que queria descansar? - perguntei juntando os braços.
Leticia: Bom, eu ia, mas resolvi me encontrar com uma pessoa aqui perto.
Eu: Não é nenhum pedófilo da internet, é? - brinquei fazendo-a rir ironicamente.
Leticia: Já tenho dois motivos pra me fazer cometer suicídio, pra que mais um? - disse revirando os olhos, fazendo-me rir. - Quer ir comigo?
Eu: Onde é? - perguntei, interessada em ir com ela, já que eu não tinha nada pra fazer.
Leticia: É numa lanchonete aqui perto.
Eu: Me espera tomar banho?
Leticia: Você ainda não tomou banho? - perguntou com cara de nojo.
Eu: Eu não tive tempo, okay? Estava tentando salvar o meu relacionamento. - falei, vendo-a arregalar os olhos. - História pra depois. DEZ MINUTOS! - exclamei já no último degrau da escada lá em cima, pisando rapidamente no segundo andar.

Entrei no quarto e encontrei Harry dormindo na minha cama, o que me fez estranhar um pouco. Bom, nós dormimos em quartos separados. O dele fica no final do corredor e o meu bem em frente ao banheiro. Acho que por conta da preguiça ele resolveu ficar aqui mesmo, dificultando o meu trabalho em encontrar algo pra vestir sem fazer muito barulho e o acordar, já que ele parecia dormir tão bem. 

Assim que encontrei tudo o que eu precisava para sair pronta do banheiro, fechei a porta do quarto e caminhei até o banheiro, depositando tudo o que eu havia pegado num espaço vazio da pia de granito do banheiro, me despindo e ligando o chuveiro em seguida. O banho durou um pouco menos de cinco minutos, pois eu decidi não lavar meu cabelo e tomar mais tempo. Depois de enxugar meu corpo e fazer outros procedimentos de higiene, eu vesti minha roupa intima seguido do short e da camiseta. Coloquei uma meia curta, meu all star branco de cano médio, amarrei uma bandana vermelha no meu cabelo e depois de prendê-lo num coque, saí do banheiro já descendo as escadas. 

Leticia: Dez minutos. - disse levantando-se do sofá assim que me viu descer as escadas - Você é mesmo pontual. 
Eu: Sempre fui. - respondi seguindo em direção a porta, para que pudéssemos ir encontrar seja lá quem fosse na tal lanchonete. - Pode me dizer quem você pretende encontrar?
Leticia: Quando chegarmos lá você vai saber quem é. - respondeu fazendo-me bufar de frustração. Eu sabia que não adiantava insistir, ela não iria mesmo falar. - O que aconteceu com você e o Harry? Vocês nunca brigam.
Eu: Na verdade não foi bem uma briga. 

Enquanto caminhávamos, eu lhe contei tudo o que aconteceu hoje. Da mensagem até a parte em que Wesley me ligou e apareceu em casa, pra me pedir desculpas. Contei também do festival e ela acabou ficando bem animada pra ir, já que ela é completamente louca por festivais de música. Tanto é que já foi em alguns festivais brasileiros, como o Rock In Rio, Lollapalooza e outros não tão conhecidos.

Foi bom passar nem que seja esse meio tempo com ela, já que com tanto trabalho nós nem conversamos muito. Eu sentia falta de poder gargalhar durante as enormes conversas que costumávamos ter todos os dias ou pelo menos nos fins de semana, quando estavamos quase sempre livres. Nós paramos em frente a uma lanchonete (aquilo estava mais para um coffee) que era muito fofa. Por dentro e por fora. Mas o que mais me surpreendeu é que ali dentro, havia uma pequena biblioteca disposta pra quem quisesse. Aquilo me encantou.

Sem me importar muito em deixar Leticia ali sozinha, eu caminhei em direção a pequena estante e deixei que meus olhos passassem por cada um dos diversos títulos ali, tentando encontrar algum que chamasse minha atenção nem que fosse por alguns segundos. Pelo o que eu havia percebido até agora, esses eram livros doados, pois alguns que eu havia foleado tinham algumas frases marcadas de caneta fosforescente ou sublinhados de caneta ou lápis.

Um deles chamava-se "O Teorema Katherine" e ao pegá-lo, sem nem tê-lo tocado direito, ele se abriu instantaneamente numa página que havia um parágrafo sublinhado de canetão cor-de-rosa o que me chamou bastante a atenção. Deixei meus olhos processar as palavras ali escritas e um desejo de levá-lo pra casa comigo crescer em mim.

""Não!", exclamou. E de início, eu não sabia dizer se ela estava lendo meus pensamentos, adivinhando minha vontade de beijá-la, ou se estava respondendo a si mesma em voz alta. Afastou-se de mim e disse suavemente, talvez para si mesma, "Cruzes! Não posso ser uma dessas pessoas que ficam sentadas falando que pretendem fazer isso e aquilo. Eu vou fazer e pronto. Imaginar o futuro é uma espécie de nostalgia."

— Posso ajudá-la? - um rapaz sorridente ao meu lado me assustou um pouco, fazendo com que eu desse um pequeno salto, causando uma risada minha e uma quase risada dele. Fechei o livro e permaneci segurando.
Eu: Eu só estava dando uma olhada. - falei calmamente, apontando para a estante ao meu lado. Ele sorriu.
— Vai levar algum? - ele perguntou, fazendo-me juntar as sobrancelhas. 
Eu: E-eu posso... Levar? Pra casa? - eu estava um tanto assustada com aquela situação, pois eu não sabia que em algum lugar do mundo era possível pegar um livro numa "biblioteca" e levar embora. Mas eu adorei a ideia.
— Bem, sim, mas você, me desculpe, a senhorita tem que doar outro em troca. - disse e eu abri um pequeno sorriso, depois de vê-lo se atrapalhar um pouco pra falar. Era adorável.
Eu: Bom, eu não tenho um livro aqui agora, mas eu posso trazer depois se for permitido. - falei e ele assentiu.
— Tudo bem, eu só preciso anotar o seu nome, pode ser? - eu assenti, concordando.
Eu: Bianca Didone. - falei e ele anotou em um pequeno bloquinho. - E você?
— Eu? - ele levantou seus olhos até mim, mas logo depois soltou um pequeno riso, ao perceber do que a minha pergunta se tratava. - Ah, eu sou Keaton. Keaton Stromberg.

Ouvir aquele sobrenome fez com que minhas sobrancelhas se juntassem e meus olhos ficassem cerrados, notando uma pequena semelhança entre ele e o outro membro da família Stromberg, com quem eu havia falado há não muito tempo. Ele me olhava com estranheza, talvez tentando entender o porque daquela cara confusa que eu estava fazendo. Ao perceber isso, voltei a minha expressão normal, pigarreando um pouco pra disfarçar o constrangimento.

Keaton: Desculpe, está tudo bem?
Eu: Sim, eu só... Você é parente de Wesley Stromberg? - eu não conseguia segurar, tinha mesmo que perguntar. Ele riu um pouco.
Keaton: Sim, na verdade somos irmãos. - falou com um sorriso fofo nos lábios. - De onde você o conhece? É estranho, porque você não parece ser daqui e Wesley nunca saiu da Califórnia.
Eu: Não, não sou daqui. Eu sou brasileira, mas moro na Inglaterra, vim pra cá pra passar as férias e acabei conhecendo-o na praia. - ele sorriu novamente.
Keaton: Bom, faz sentido. Ele vive na praia! 


Depois de mais algumas palavras, acabamos rindo um pouco alto de mais, o que chamou a atenção de alguns clientes e principalmente do dono do local, que logo repreendeu Keaton e o fez voltar ao trabalho. Depois disso, passei os olhos por todas as mesas do local, encontrando Leticia sentada com alguém que eu não sabia muito bem que era, pois estava sentada de costas. Mas a decepção logo apareceu. Beatriz.

Beatriz: Bê? Ué, não sabia que você estava aqui!

"What's happening? She really called me Bê? Okay, somenthing is freaking wrong right here.", foi o que eu pensei assim que ela dirigiu a palavra a mim. Ela me chamou de Bê ou é algum problema que eu tenho para ouvir e interpretar palavras? Fingi que nada aconteceu e me sentei ao lado de Leticia, de frente para Beatriz, que sorria pra mim. Será que ela bateu a cabeça e perdeu a memória? Sorri de volta.

Eu: Leticia, porque não me disse que viria encontrar Beatriz? - questionei pegando seu copo e sugando pelo canudo o havia ali dentro. Algum tipo de café. Não conheço muito bem quais os tipos de café que existem, mas este, era bom. Muito bom.
Leticia: Não sei, talvez você não quisesse vir. - ela disse dando os ombros, fazendo Beatriz abrir um sorrisinho, como se achasse aquilo patético. Bom, convenhamos, era mesmo patético.
Beatriz: Fui eu quem doou este livro. - ela disse apontando para o livro que eu havia colocado em cima da mesa. - Ele é ótimo, você vai gostar.
Eu: Eu vi um trecho marcado de canetão e me chamou bastante atenção. - falei - Estranho, você nunca se interessou muito por livros.
Beatriz: Bom, quando eu comecei minha faculdade de Artes Cênicas me recomendaram alguns livros. Este foi um deles.
Leticia: Eu não sabia que você estava fazendo faculdade de Artes Cênicas. Pra mim, você sempre quis ser modelo. - Beatriz rapidamente negou.
Beatriz: Modelar na verdade sempre foi um hobbie. - ela disse, me surpreendendo um pouco - Se eu não fosse atriz, seria nutricionista.
Eu: Combina com você. - falei sorrindo um pouco - Mas por algum motivo, eu consigo imaginar você num palco ou até mesmo no cinema.
Leticia: Seria o orgulho da família! - disse fazendo-nos rir.
Beatriz: Desculpa, esse posto já é seu. - disse rindo um pouco.

Pelo fato de Beatriz estar usando uma camiseta um tanto justa, eu consegui ver um pequeno volume ali. Por algum motivo, eu senti vontade de sorrir. Não sei, por mais que nós não nos gostássemos tanto, eu fiquei feliz pelo fato de ela ser mãe. Carregar um bebê dentro de si parece ser bom e só de pensar eu sinto uma coisa gostosa, sabe? Mas o mais estranho de tudo isso, era o fato de nós estarmos conversando há mais de cinco minutos e não houve um xingamento se quer. Nem sarcasmo. Nada. 

Eu: Alguém aí já está querendo aparecer! - falei me referindo a barriga de Beatriz, que sorriu rapidamente.
Beatriz: Alguém aqui está querendo que minhas roupas não caibam mais em mim! - brincou nos fazendo rir - Essa camiseta, quase não entra!
Leticia: É estranho ver você assim, sabe? Mas ao mesmo tempo eu me sinto ansiosa pra ver esse bebê!
Beatriz: Eu também! - disse tomando um gole de seu café - É angustiante saber que ainda faltam sete meses pra nascer.
Eu: Mas ao mesmo tempo é bom saber que você ainda vai ter um certo tempo pra curtir a gravidez. - falei e ela assentiu, concordando, mas com um semblante um tanto triste.
Leticia: Você sente falta dele, não é? - perguntou e Beatriz passou a mão em sua barriga, assentindo.
Beatriz: Sabe, ele queria este neném tanto quanto eu. Ele é alguém que... Alguém que eu amei, amo, de verdade. Vocês me conhecem, sabem que eu nunca fui de me apaixonar por ninguém, mas com ele foi diferente. Nós queríamos realmente passar o resto de nossas vidas perto um do outro, entende? Mas não foi como o esperado.
Eu: Ele ainda gosta de você. - falei e Beatriz levantou seus olhos até mim. - Eu tenho certeza disso. Naquele dia, lá em casa, ele disse que estava a fim de mim. Na hora eu fiquei um tanto assustada, mas depois eu pensei que ele provavelmente falou isso por conta da surpresa de ter encontrado você de novo, entende? E quando ele me disse que você estava grávida, eu vi nos olhos dele que ele estava feliz com isso. - peguei um donut do prato de Leca e abocanhei. Eu estava com fome. - Acho que vocês dois deveriam conversar e ajeitar as coisas.
Leticia: Eu concordo plenamente com a Bê. - disse - Vocês formam um casal tão lindo e se ainda se gostam, porque não ficam juntos. Eu sei que o que você fez com ele não fui a melhor coisa que alguém poderia fazer, mas ele já se resolveu com o amigo dele, porque não com você?
Beatriz: É, vocês tem razão. - ela disse - Eu vou falar com ele hoje, no festival na praia. - disse sorrindo, causando o mesmo em mim e em Leca, que tinha um sorriso maior do que qualquer outro que alguém poderia dar.

Ficamos ali por mais ou menos duas horas, rindo, conversando, aconselhando uma a outra e principalmente lembrando de nossas brigas antigas. E ali, eu percebi que eu não tinha motivo algum para odiar Beatriz e nem ela a mim. Era algo infantil que decidimos carregar até aqui e não valia mesmo a pena. Ela era legal, sempre foi, só é um pouco irritante as vezes, mas o negócio é relevar e fingiu que não viu/ouviu. 

Beatriz: Vocês não entendem, eu estou perdida! - ela exclamou - E quando essa barriga crescer, o que eu vou vestir?
Eu: É um pouco constrangedor falar isso, mas eu tenho alguns vestidos na mala que eu comprei numa época ruim...
Leticia: Eu morava com uma bola, Beatriz! - Leticia me interrompeu, contando a fase mais triste da minha vida, enquanto ria ao lado de Beatriz.
Eu: Hey, eu não estava assim tão gorda, okay? Eu só estava sete quilos a mais que o normal, mas eu perdi tudo em cinco meses de exercícios. - me defendi, vendo-as ainda gargalhando. - Eu os trouxe pra doar pra alguém ou sei lá, se você quiser...
Beatriz: Tudo bem, eu fico com eles, mas acho que ainda vai ficar um pouco folgado em mim.
Leticia: Melhor folgado que apertado, concorda?

"Pra onde você foi, doida?"

Ao ver meu celular apitar, Leticia rapidamente o pegou de cima da mesa e leu a mensagem em voz alta, me fazendo revirar os olhos. Ela está achando o que? Que eu troco mensagens com um stripper de uma boate e que ele esta dizendo que amou a noite passada? Por favor! É só meu namorado super doce perguntando onde estou. Normal.

Leticia: Pensei que era mensagem de alguém mais importante. - revirou os olhos. Beatriz riu.
Beatriz: Vocês estão juntos há quanto tempo? - ela perguntou enquanto eu digitava uma resposta.
Eu: Bom, já faz quase um ano. Nós dois não sabemos ao certo quantos meses, mas sabemos que é quase um ano. - as duas riram, fazendo-me rir juntamente com elas.

"Estou numa lanchonete perto de casa. Já estou saindo, me espera aí."

Depois de nos despedir de Beatriz, seguimos pra casa, onde encontramos não só Harry, mas todos os meninos na sala. O que deixava aquela situação engraçada (além de estranha), era era a cara de bunda que todos eles estavam, com os olhos presos na televisão. Deve estar passando algum filme com a Megan Fox, porque eu nunca os vi tão atentos na televisão como agora. Chegava a ser assustador.

Leticia: Hoje a noite temos uma festa pra ir. - Louis e Niall rapidamente olharam para Leticia com uma expressão confusa.
Louis: Mas nós já tínhamos marcado pra ir naquela boate que eu e Niall encontramos no fim da rua!
Bianca: Não é bem uma festa. É um festival anual que acontece aqui na praia. - falei - Vai ser legal gente, boate é tão clichê! - fiz uma careta, enquanto via Zayn assentir concordando.
Liam: E que horas vai ser isso? - Leticia deu os ombros.
Leticia: Quando ouvirmos barulho aí na praia a gente se arruma e vai.

Eu coloquei o livro em cima da mesa de centro e me sentei no chão, nos pés de Harry, enquanto Leticia sentava-se ao meu lado nos pés de Liam, que não perdeu tempo em apoiar as pernas nos ombros dela, o que causou alguns tapas, xingamentos e risadas, o que era bem normal quando as pessoas em questão eram nós. Não sei se "eram nós" é a forma certa de conjugar, mas quem se importa? Megan Fox está na TV!

Finalmente consegui terminar esse capítulo de uma forma digna! Uma salva de palmas pra mim e pra minha criatividade, que aos poucos vai voltando. Quero agradecer a todos os comentários que recebo diariamente sobre a fanfic, é uma coisa linda de se ver. Um anônimo disse uma vez que eu poderia demorar um ano pra postar, mas ela iria esperar porque, segundo ela, essa fanfic é perfeita. Vocês tem noção do que isso faz comigo? Gente, é sério, isso é uma motivação do caramba (desculpa usar essa palavra estranha). Sinceramente, acho que se não fosse pelo carinho de vocês eu não conseguiria seguir com essa fanfic. Espero que tenham gostado desse capítulo! Obrigada e fiquem com Deus xoxo