You need to be loved - Liam Payne

Londres, Inglaterra. Reino Unido. Dia quatro de dezembro de dois mil e nove. 

–– Ou você conta, ou eu irei contar. – mamãe disse apreensiva.

–– Mamãe por favor. – eu resmunguei baixo. – Liam não vai aceitar. 

–– Você não cometeu a burrada sozinha Seu Nome, você vai sim contar para os Payne´s – papai disse já se alterando. 

Eu não podia fazer aquilo, iria estragar a vida do meu namorado, ele iria me matar. Liam e eu somos ''namorados'' a mais de dois anos. Digo namorados afastados. Liam não se importa comigo, de jeito algum, nem ao mesmo mostra algum afeto por mim. Ele é extremamente machista, não posso usar um short um pouco acima do joelho ele já fala que eu estou ''agindo'' feito uma vadia, ou se converso com algum homem ele já me acusa de traição. Ele sai de semana a semana com os ''amigos da onça''.Claro, claro que ele me traiu várias vezes. Ele é tosco por pensar que eu não sei de nada. Liam já cometeu vários atos covardes em mim e isso para mim é completamente humilhante. Várias e várias vezes Liam me humilhava na frente de todos os nosso amigos da faculdade. Eu era fraca, muito fraca por guarda, não expor ao mundo quem era o verdadeiro Liam Payne. Fraca por não conseguir da um ponto final nisso tudo. 

[...] 

• 
  

–– Está uma delicia Marie. – Karen começou a elogiar minha mãe que sorriu agradecida. 

–– Bom, temos uma coisa para contar a todos vocês. – papai disse serio. Liam virou a cabeça para mim me dando um sorrisinho nervoso e apertando minha mão por de baixo da mesa. Droga.

–– Pode nos contar Jorge. – Geoff disse largando seus talheres sobre a mesa. 

–– Seu Nome? – mamãe perguntou e eu apenas neguei com a cabeça abaixando a mesma logo em seguida. Eu estava fodida.

–– Ok, Seu Nom está grávida. – meu pai disse rápido. – E o pai é o Liam. – Karen abriu um sorriso enorme em seguida minha mãe. Liam e Geoff estavam sem ação. Nenhum deles se mexiam, não falavam nada. Absolutamente nada. 

–– C-omo grávida? – Liam gaguejou.

–– Eu vou ter um neto? – Geoff abriu um pequeno sorriso, ual. Ele aceitou? Mas o problema será Liam. 

–– Eu estou feliz por vocês dois, mesmo sendo jovens de mais. Isso vai ser bom para vocês. – meu pai sorriu confiante, ele tentou me passar confiança? Não isso não adiantou muito. 

Liam não dizia absolutamente nada, ele apenas estava apertando a minha mão. 

–– Agora Liam. Você terá que ser homem para assumir isso. Você se tornou um homem completo, e ira ter que tomar cuidado com as consequências. – Geoff disse olhando diretamente para o filho. 

–– E quais seriam elas?  – Liam perguntou apreensivo.

–– Vocês irão se casar. – Karen respondeu feliz. 

–– Não. – falei me alterada, recebendo olhares de todos, até mesmo de Liam. 

–– Meu anjo, seu sonho era se casar. – minha mãe pousou sua mão na minha, que não estava sendo segurada por Liam.

–– Não mãe, eu não posso me casar. Eu comecei a faculdade agora. Eu simplesmente não posso. – Liam respondeu passando suas mãos entre seus cabelos. 

–– Liam, já está decidido, não discuta com sua mãe. – Geoff falou.

–– Mas pai, uma decisão assim? Não. – Geoff não disse nada. 

Um silêncio se instalou naquela sala de jantar.

–– Por que nós, não vamos dar uma volta por ai? Quem sabe ir na pista de gelo. Vamos deixar eles a sós. – mamãe disse quebrando aquele silêncio e assim todos eles concordaram e aos poucos foram saindo.

–– Não se esqueça Liam, querendo ou não vocês irão se casar. – Geoff disse rígido e saiu da cozinha. 

Fui para sala rapidamente e vi eles saírem da casa. Me sentei no sofá suspirando, passando as mãos entre meus cabelos. Eu estava fodida. Liam me encavara com um olhar raivoso. Eu não sabia o que estava acontecendo lá ou o que iria acontecer. Meus batimentos estavam acelerados, minhas pernas batucavam no chão, minhas mãos estavam suando, eu estava completamente inquieta. Ele estava me encarando a mais de cinco minutos, das duas vezes que tentei falar ele me contou. Sera que foi o certo eu ter contado isso para ele?. Liam em um instante ele levantou chegando um pouco mais perto, mas mesmo assim não falou absolutamente nada. 

–– Liam. – tentei dizer mas ele, apenas me deu um olhar e fez sinal de negação com a cabeça. 

Liam se aproximou ainda mais pegando no meu braço me fazendo levantar violentamente. Pronto vai começar novamente. 

––Você estragou a minha vida. – ele disse ríspido. – Você atrasa completamente minha vida, você é uma inútil. Por que você não some da minha vida de vez? Me da nojo olhar pra sua cara de sonsa. Ingrata, miserável. – ele disse aumentando o tom de voz. – FILHA DA PUTA. – Liam me deu um tapa forte no meu rosto, me fazendo cair no sofá. – FEZ ISSO PARA FICAR COM O MEU DINHEIRO? GOLPISTA. – Liam me acusou. 

–– O que? Liam não. Você ficou louco ou o que?. – massageie o lado do meu rosto que estava começando a ficar dormente. – Eu nunca quis o seu dinheiro, nunca vou querer. – ele sorriu irônico. Levantei do sofá 

–– Você está esperando um bebê? Eu não tenho certeza que é meu. Você é uma vadia de quinta, dá para qualquer um que aparece. – Liam começou e meus olhos lacrimejaram. 

–– Você está louco só pode. Esse filho, eu não fiz sozinha ta legal? E sim ele é seu. Liam você é o único rapaz com quem eu tive relações sexuais. VOCÊ É UM IDIOTA. – gritei apontando o dedo para cara dele. 

–– JAMAIS AUMENTE O TOM DE VOZ COMIGO VAGABUNDA. - Liam estava preste a me outro uma tapa no rosto.


–– VAI ME BATER? SERIO? NOVAMENTE PAYNE? VOCÊ NÃO CANSA DE ME VER SOFRER, VOCÊ NÃO CANSA DE ME MACHUCAR? LIAM CHEGA, PELO MENOS UMA VEZ NA VIDA, PARE DE ME FAZER SOFRER, PARE POR FAVOR. EU ESTOU CANSADA DE TUDO ISSO PORRA, EU NÃO TENHO CULPA DE TUDO, VOCÊ FOI O CULPADO TAMBÉM. – Liam abaixou a sua mão me olhando indignado. – SEJA HOMEM E ASSUMA COM SEUS ERROS, PELO MENOS UMA VEZ NA VIDA. NÃO SEJA COVARDE. Por favor. – disse a ultima frase um pouco mais baixa. Lagrimas e lagrimas saíam pelos meus olhos. Liam me olhava com os olhos arregalados. Ele não havia acreditado naquilo que estava ouvindo. 

–– Com qual direito você acha que tem para falar assim de mim? – ele segurou firme em meus punhos. – Vadia. – Liam chegou perto do meu rosto e em seguida cuspiu nele. Ele havia passado de todos os limites.

–– Vagabundo, você me da nojo desgraçado. – resmunguei tentando me soltar das mãos daquele homem. – Você vai arder no fogo do inferno. Você vai pagar por tudo Liam. Você só tem amor a si próprio né? Se acha o dono do mundo. Acha que pode fazer tudo o que quiser, sem ao menos se esforçar. Você não merece nada que tem Liam. Você é um ingrato cara de pau. Idiota, mesquinho, inseguro. Você é tão nojento quanto aparenta. Você é um viado sem amor. – cuspi as palavras na cara dele. Liam me soltou me jogando no sofá violentamente. Tentei limpar aquela gosma de cuspe que ainda estava em meu rosto. Liam veio para cima de mim, segurando minhas duas mãos com apenas uma, sem fazer esforço algum.


–– Eu espero, de todo coração que você e esse bebê morram. – Liam começou apertar meu pescoço.


Minha garganta já estava se fechando. Liam agora usava as duas mãos para me enforcar. Eu realmente estava ficando sem ar, eu estava morrendo? Eu chorava desesperadamente, tentava bater em seus braços, tentando fazer ele parar com aquela ideia de me matar. Minha visão agora estava absolutamente preta. E de repente tudo se apagou completamente. 


Eu acordei estava deitada no sofá, meus pais e os pais de Liam estavam em minha volta. Liam estava com a cabeça enterrada em suas mãos, ele não mantinha nenhuma expressão. 

–– Meu Deus, o que aconteceu com a minha pequena? – mamãe perguntou me abraçando.

–– Nós estávamos conversando, e num instante ela caiu no chão desmaiada. Eu fiquei desesperado, e liguei para vocês. – desgraçado. Mentiroso. 

–– Percebemos pelo tom de preocupação no telefone querido. – Karen passou a mão nas costas de Liam. 

–– Isso é normal. É uma das coisas que acontecem durante a gravidez. – meu pai disse tranquilo. Ele era médico. 

–– Vai ficar tudo bem meu amor.  – Liam sorriu, e chegou para perto de mim. Quanta falsidade. 

Londres. Inglaterra. Reino Unido. Dia cinco de julho de dois mil e quatorze. 

–– Jean, volte aqui meu amor. – dizia tentando correr atrás do menininho elétrico que corria pela sala. 

–– EU SOU O BATMAN MAMÃE – ele parou no sofá. 

–– Jean, aonde consegui essa tal capa? –perguntei colocando as mãos na cintura. 

–– MAMÃE EU VOU TE PROTEGER DE TODO O MAL, EU TENHO PODER EU SOU FORTE. – o menino ignorou minha pergunta. 

–– Jean? – o chamei e ele olhou para mim. – A onde conseguiu essa capa? – perguntei seria.

–– Eu arranque a cortina do meu quarto tá legal? Você não pode ficar feliz por mim? – ele sentou no sofá cruzando os braços emburrado. 


–– Meu amor – comecei a gargalhar me sentando ao lado dele. – Claro que eu estou feliz, você ficou perfeito com essa ''capa de super herói'' – fiz aspas. – Você é o meu super herói príncipe. – respondi beijando o topo da cabeça dele.

–– Você é a minha super heroina. Eu te amo muito mamãe. – ele me deu um abraço apertado. 

–– Eu te amo, muito, muito mais. – respondi acariciando o rosto dele. – Meu super herói. 

–– Podemos ir ao Mc Donald's mamãe? – ele perguntou doce e me olhou com aqueles olhinhos redondinhos e castanhos. Fez um bico bem fofo, é impossível dizer não. 

–– Claro Batman. – respondi e ele tirou a ''cortina'' que servia como capa e pulou no meu colo.

Peguei a chave do carro e fui com o Jean no colo até o mesmo. Abri a porta do banco traseiro e avistei a cadeirinha, colocando o Jean nele e passando o sinto por ele. Logo em seguida fui para o banco de motorista, entrei no carro liguei o mesmo e sai da garagem, comecei a seguir o caminho até um das lojas do Mc Donald's. Olhei pelo retrovisor e vi ele, meu querido filho. Ele realmente foi a melhor coisa que possa ter acontecido na minha vida. Ele foi um presente de Deus. Eu não sei o que pode ser de mim sem o meu super herói. Dei um sorrisinho vendo que Jean estava dormindo sereno. Olhei mais uma vez para ele e voltei a ter a atenção no transito. Avistei uma das lanchonetes, parei meu carro no estacionamento desliguei o mesmo e desci do carro, indo até a porta traseira abrindo ela. 

–– Jean? – chamei por ele. – A que pena ele dormiu, vamos ter que ir embora. –  ele num instante acordou desesperado me fazendo dar um gargalhada. 

–– Não mamãe. 

–– Vamos amor. – retirei o sinto dele e o desci do carro. Que foi correndo entrando na loja. 


Depois de mais ou menos uma hora naquela lanchonete. Jean e eu decidimos passear pelo shopping, e assim fomos de carro até o destino combinado. Assim que entramos no shopping Jean se animou e foi correndo entrando em uma loja de fantasias. Sai correndo atrás dele o procurando e logo avistei o mesmo parado em frente de uma mine fantasia do Batman. Sorri e fui até ele. 

–– Mamãe? – ele me olhou com os olhinhos brilhando. – Compra? – ele perguntou apontando para a pequena fantasia e eu assenti como resposta. – OBRIGADO – ele gritou abraçando minhas pernas. 


[...] 


Chegamos em casa com várias sacolas na mão, eu me diverti essa tarde e tenho certeza que meu filho também. Abri a porta e dei de cara com o Liam que estava assistindo televisão. 



–– Olha papai o que a mamãe comprou para mim. – o menino pegou uma sacola separada e foi até o Liam. 

–– Não tenho tempo para essas futilidades. – Liam respondeu grosso sem ao menos olhar para Jean. 

–– Mas papai... – Jean começou a falar mas logo foi interrompido. 

–– Jean, sobe. – o menino não disse mais nada e subiu de cabeça baixa. 

–– LIAM. – gritei fazendo o mesmo olhar para mim. – Sera que você não consegue ser educado com o seu filho? – falei indignada.

–– Cale a boca. Sua voz me irrita. – ele apenas disse isso e se virou tendo sua atenção na televisão novamente.

–– Liam, nem com o seu filho você consegue demonstrar afeto? Você sabe o que significa a palavra ''amor''?. É disso que ele precisa, não apenas da minha parte. – falei parando na frente dele.

–– Cala.a.boca.  – ele disse pausadamente. 

–– Você é um estupido sem coração. – respondi, eu ia sair da frente dele, mas senti duas mãos grande me segurando.

–– Repete vadia. – ele falou me segurando contra o corpo dele.

–– Você é um estupido sem coração. – repeti as palavras dita antes.

Sem pensar duas vezes Liam me jogou em uma mesa de vidro que tinha no centro da sala fazendo a mesma se despedaçar por inteira. Liam no mesmo instante me deu dois chutes na barriga, me fazendo ficar sem ar. 


–– Liam, por favor. – disse com a voz fraca. 


–– Eu mandei você calar a merda da sua boca. – ele deu mais quatro, cinco, seis chutes na minha barriga. 


Em um movimento rápido ele se agachou na minha frente, ele puxou meu cabelo com força me fazendo gritar. Me posicionou fazendo eu ficar frente a frente com ele.

–– Você merece sofrer. – ele novamente cuspiu na minha cara. 


Ele me levantou e me deu um murro na cara, me fazendo cair novamente.


–– PARA POR FAVOR. – eu gritei com lagrimas nos olhos, mas mesmo assim ele não me escutava.

Minha visão já estava começando a ficar turva, meu coração já estava ficando acelerado. Liam não parava com seus socos e chutes em cima de mim. E de repente escutando um grito agudo lá de cima, fazendo Liam parar e encarar. 


–– Mamãe. – a voz de Jean ecoou pelos meus ouvidos. –– Você é um monstro. – Jean disse e chegou perto de mim. Meu coração apertou ouvindo ele falar aquilo. – Você ta machucando a minha mamãe. – Liam não pensou duas vezes e empurrou o Jean fazendo o mesmo ir longe. Caindo chorando perto da escada. 

–– LIAM. – gritei quando vi ele indo em direção do meu filho. Recuperei as forças que me sobraram e tentei ir até eles. Pela minha visão Jean gritava e chorava. Liam chutava o menino em todos os lugares possíveis. Ele dava chutes no seu rosto e em outros lugares. Assim que vi essa cena não perdi tempo e peguei um vaso não muito pesado e bati na cabeça do Liam com isso. Quando o mesmo sentiu que eu fiz virou-se rapidamente me metendo um forte tapa na cara me fazendo cair mas logo levantei novamente. 


–– Você pode me machucar de todas as formas, você pode até me matar, mas por favor não encoste o dedo no meu filho. Imundo. – fui até Jean que chorava jogado no chão, seu rosto completamente machucado e ensanguentado. Agachei pegando o mesmo em meus braços e aninhando ele. – Eu desisto de você Payne. 

Continua...